Diocese de Cruz das Almas – Pastoral dos Coroinhas – n°04/2019
Amigos (as) Coroinhas,
Fico muito feliz quando chego numa paróquia e vejo o presbitério repleto de crianças, adolescente e jovens servindo com tanta diligência o altar do Banquete Eucarístico. Quanto cuidado aplicado na execução da missão à eles confiada! Alguns até com uma certa urgência ou presteza em fazer suas obrigações. Realmente é admirável contemplar os jovens a serviço da Liturgia. Porém, fica em meu coração um questionamento que eu gostaria de partilhar com vocês: Será que todos esses adolescentes e jovens foram motivados ao serviço de acólitos por amor a Jesus e ao próximo? Seria uma grande perda para a Igreja se abraçassem esta função interessados por motivações secundárias como, por exemplo, a veste que se usa, ou apenas influenciados pelos amigos que também participam, ou ainda porque alguma avó vive insistindo para que o (a) netinho (a) faça parte daquela turma... Confesso que já ouvi algumas justificativas desses tipos por aí afora.
Acredito que a principal motivação para um jovem ser coroinha é a grande descoberta do amor de Deus em sua vida. Como é belo um adolescente ou um jovem chegar à seguinte conclusão: “Deus me ama, por isso vou servi-lo”. O próprio Deus na Sagrada Escritura revela ser apaixonado por seus filhos prediletos. Vejamos um texto onde Ele se declara encantado por mim, por você, por cada um de nós: “Pode uma mulher esquecer-se do filho que ela amamenta? Não ter ternura pelo fruto do seu ventre? E mesmo que existisse tal mulher e ela o esquecesse e o abandonasse, eu não o esquecerei jamais.” (Is 49, 15).
Eu particularmente aposto no coroinha que fez esta descoberta, pois experimentou o amor de Deus derramado em seu coração pelo Espírito Santo. Aposto que ele (a) desejará ser, em sua comunidade paroquial, no seio da sua família e na sociedade, o reflexo do amor de Deus. Acredito no coroinha que descobriu que sua atuação não se limita em servir o altar, mas vai além disto. No altar ele exerce a nobre missão de servir o Senhor Jesus que se faz presente na Eucaristia; no seu dia a dia ele continua a mesma missão de servir o Senhor presente na pessoa do próximo, seja ele o próximo quem for.
Acredito ainda no coroinha que cumpre a “lei da caridade”, já que São Paulo afirma que a caridade é o pleno cumprimento da lei: “A caridade não pratica o mal contra o próximo. Portanto, a caridade é o pleno cumprimento da lei” (Rm 13,10).
Medite o texto no grupo de coroinhas.
Dom Antonio Tourinho Neto