Diocese de Cruz das Almas – Pastoral dos Coroinhas - N°01/2019
Amigos (as) coroinhas,
Veio a mim a inspiração de me aproximar de cada um (a), lançando alguns textos formativos para que os mesmos ajudem vocês no desempenho de tão importante serviço, pelo qual foram chamados a prestar no culto litúrgico. Espero que façam grande proveito.
Para início de conversa, eu gostaria de trocar umas ideias sobre a origem do nome que vocês são identificados: “Coroinhas”. Antigamente o clérigo (rapaz que era admitido ao sacerdócio), recebia das mãos do bispo um sinal distintivo muito visível e de grande significado: Seu cabelo era cortado e a ele era conferida a “tonsura” para o resto da vida (tonsura era o símbolo de pobreza e submissão a Cristo). Este sinal consistia em o topo da cabeça ser raspado na forma de círculo e, os jovens seminaristas, esperavam com muita ansiedade, para recebê-lo. O povo apelidou de “a coroa do padre”. Pois bem, todo sacerdote subia ao altar para celebrar a santa missa acompanhado de uma criança do sexo masculino, e não podia ser qualquer menino. Os critérios para ser escolhido, para tão nobre função, consistia em ser um jovem com bom comportamento; que amasse incondicionalmente a Jesus; que apresentasse comprovada virtude de caridade dispensada ao próximo; que exercesse também a virtude da obediência aos pais e que tivesse uma vida de constante oração e o zelo às coisas sagradas, principalmente à Santa Missa. Foram identificados e chamados de “coroinhas” pois, como o sacerdote não podia dispensar a sua tonsura (a coroa), da mesma forma não podia subir ao altar sem seu ajudante (o coroinha), pois, sem o mesmo, o padre se encontrava sozinho, embaraçado num complexo ritual da missa.
Nos tempos atuais os padres não usam mais tonsuras, os leigos adultos podem participar do altar como ministros extraordinários da Eucaristia e auxiliar os padres de alguma forma, as meninas foram introduzidas no exercício do serviço de coroinha, mas os requisitos para ser recrutado (a) à esta função na Igreja, continuam os mesmos: Amor a Jesus acima de tudo; obediência à Igreja e aos pais; reverência (respeito) aos sacerdotes; vida de oração; exemplo de caridade para com os pobres; zelo para com as coisas sagradas, principalmente para com a Santa Missa, se possível participarem diariamente; amor incondicional à Eucaristia, leitura diária da Palavra de Deus, pureza de corpo como instrui o sexto mandamento da Lei de Deus.
Rezemos pela santificação de todos os coroinhas das diversas paróquias da nossa Diocese, para que sejam crianças e adolescentes segundo o Coração Eucarístico de Jesus.
Leia este texto com seu grupo de coroinhas e converse com os outros sobre o que mais chamou sua atenção.
Dom Antonio Tourinho Neto